A Era Vitoriana no
Reino Unido foi o período do reinado da Rainha Vitória, em meados do século
XIX, a partir de Junho de 1837 a Janeiro de 1901.
Este foi um longo
período de prosperidade e paz para o povo britânico, como os lucros adquiridos
a partir da expansão do Império Britânico no estrangeiro, bem como o auge e
consolidação da Revolução Industrial.
Na
Arquitetura
O
reflorescimento da arquitetura gótica sob a forma conhecida como neo-gótica se
tornou cada vez mais significativo nesse período, levando ao conflito entre os
ideais góticos e clássicos. A arquitetura para o novo Palácio de Westminster
(destruído em 1834 por um incêndio) planejada pelo arquiteto Charles Barry traz
elementos góticos, inspirados nas partes intactas do edifício. A intenção foi
construir uma narrativa de continuidade cultural, em oposição aos violentos
rompimentos culturais e artísticos como a Revolução Francesa.
No
mobiliário
A
principal influência foi do estilo Luís XV, os móveis pesados e mal
proporcionados feitos em nogueira, jacarandá, ébano e mogno com entalhaduras de
madrepérolas. A decoração era de mau gosto com ornamentação em excesso.
Napoleão III de França,
nascido Carlos Luís Napoleão Bonaparte pertencente à família Bonaparte,
Luís era o terceiro filho do rei Luís I da Holanda e de Hortênsia de Beauharnais e sobrinho
do grande Napoleão, foi presidente e posteriormente imperador da
França (1852-1870). Em novembro de 1852, apoiado pela grande
burguesia, conclamou um plebiscito, que, com 95% dos votos favoráveis,
instituiu o império e o transformou em Imperador da França, com o título de
Napoleão III. Com o golpe, Bonaparte criou o Segundo Império Francês.
Seu
reinado, inicialmente autoritário, progrediu
de forma gradativa após 1859 para o chamado "Império Liberal". Napoleão
III implementou durante seu reinado a filosofia política publicada em seus
ensaios de romantismo, liberalismo
autoritário e socialismo utópico. Admirador da modernidade britânica,
o imperador foi responsável por um considerável desenvolvimento industrial,
econômico e financeiro no país e, também, pela reforma urbana de
Paris.
Com
a derrota na Batalha de Sedan, durante a Guerra
Franco-Prussiana, em
2 de setembro de 1870, chegou ao fim o Segundo Império
Francês. Em 4 de
setembro de 1870, a Terceira República foi proclamada e Napoleão III foi deposto eenviado para o exílio na Inglaterra,
onde morreu em janeiro de 1873.
ESTILO
NAPOLEÃO III
A
celebração da renovada “grandeur” francesa leva os construtores a imitar os
móveis da época Luiz XV e os Neoclássicos. As novas tecnologias permitem a utilizão
de finas camadas de madeiras caras como o ébano e a palissandra, tornando esses
móveis acessíveis à pequena burguesia. A ornamentação é metálica, produzida em
série.
Este estilo se caracteriza
pelo reinado do “capitonné”, das “passamanarias”, do arabesco e dos
revestimentos.
O ecletismo continua
considerável: renascem quase todas as tendências. Podemos encontrar um pouco de
tudo e são justamente essas misturas que vão caracterizar o período de Napoleão
III.
As cadeiras têm as formas
mais variadas. O assento é geralmente em palha fina, o encosto pode ser liso,
com barras, desenhos em bambus e palmas de diversas formas. Algumas cadeiras
são pintadas, outras douradas e outras ainda, as mais elegantes, com filetes,
molduras e motivos dourados combinados com incrustações em nácar.
Carruagem de D. Maria Pia
de Sabóia, filha do Rei da Sardenha, 1862
Robert Adam nasceu na Escócia, em 3 de julho de 1728 e faleceu 3 de março de 1792. Foi um arquiteto, designer de interiores e projetista de mobiliário do Reino Unido. É considerado por muitos como o maior arquiteto
da segunda metade do século XVIII que trabalhava com o estilo neo-clássico. Ele foi o líder da primeira fase do
neoclássico britânico, destacando-se principalmente após 1760. William Chambers era o arquiteto oficial do governo britânico
naquela época, mas Adam recebeu muitas encomendas importantes de clientes
particulares e tinha mais influência no estilo
da época.
ESTILO ADAM
Adamincorporou
idéias de design da Grécia e Roma antigas em suas formas e decoração. Suas
casas famosas de Londres incluem Kenwood House, Osterley Park e Syon House.
Desenvolveu
o "Estilo de Adam", e sua teoria do "movimento" na
arquitetura, com base em seus estudos da antiguidade, por tamanhos de quarto
contrastantes e esquemas decorativos.
Ele
substituiu a curvatura ornamentado dos projetos Chippendale com as linhas retas
de colunas romanas.
Os móveis
neste momento eram muitas vezes feitos de mogno e pau-cetim.
Robert e seu irmão James
Adam viajaram para a Itália em 1750, visitando as ruínas do mundo clássico. No
seu retorno à Inglaterra, instalaram-se como arquitetos, junto a seu irmão
John. Os irmãos Adam procuravam simplificar os estilos rococó e barroco, que
dominaram as décadas anteriores, buscando o que eles consideravam um estilo
mais leve e elegante. Pode ser traçado um paralelo entre este estilo e o estilo
Luís XVI, na França.
Kedleston Hall, fachada sul, residência no estilo de
Palladio, mas com fachada inspirada no Arco de
Constantino, em Roma.
Detalhe de umdesenho do tetopara5 TerraçoAdelphi,por RobertAdam,Inglaterra,
Reino Unido, cerca de 1771.
Em 1768,ele foi contratado parareformarparte doSaltram Houseem Devon,e ele criouuma
suíte de quartosem estilo neo-clássico, para atualizara casa.
A
segunda metade do século XIX ficou marcado pelo grande prestígio da burguesia,
e devido a uma grande prosperidade econômica e do comércio a moda foi
beneficiada.
Uma
época em que os excessos e grandes volumes retornam, e o período recebe este
nome em função da rainha Vitória, monarca da Inglaterra neste período. A
influência da rainha foi marcante. Foi referência durante todo seu reinado, até
mesmo em seu período de luto, após a morte de seu esposo, o príncipe Albert.
O ideal
feminino que passa a ser seguido é:
A crinolina, com muitas anáguas, gerando vestidos com um aspecto cónico e extremamente volumosos e este volume era sinal de grande prestigio importância e
esplendor.
O espartilho, evoluído do corset, agora mais ajustado à cintura, chegando
inclusive a deformá-la e prejudicando órgãos internos;
As mangas extremamente justas e compridas;
As senhoras usavam também grandes
decotes que mostravam o colo do peito e os ombros;
Cabelos cacheados;
Xales e chapéu grandes decorados eram os acessórios preferidos;
Maquiagem pálida com boca e olhos extremamente marcados;
Os tecidos utilizados eram a seda,
cetim, fina lã, tafetá, brocado, crepe.