Datada de 5.000 a.C, a civilização
egípcia situou-se no Vale do Rio Nilo,
cujas margens eram férteis e, determinante para o desenvolvimento desta
civilização. A religião orientou e dominou a vida no Egito, e por meio dela se justificou
desde a organização política e social e até
a produção artística.
Arte
A cultura egípcia antiga proporcionou uma das maiores influencias na humanidade.
A arte egípcia esteve
focada na glorificação dos deuses e do "rei" faraó que era
divinizado, para o qual se erguiam estatuetas, templos e
pirâmides monstruosas e construções mortuárias como túmulos.
A arte egípcia caracteriza-se principalmente
através da Pintura, Arquitetura e da Escultura.
A arte do EGITO Antigo é,
sobretudo arte sacra. Tendo como o ponto principal dedicação à
morte, onde tudo no Egito era orientado por ela. Templos, tumbas, pinturas morais,
estátuas estavam ao serviço de uma religião que tenta dominar a morte e a
profundidade cósmica. O faraó tornava-se uma figura central como mediador entre
os deuses e os homens. A situação geográfica do país, isolado por mar e
desertos também determinava o desenvolvimento da arte egípcia.
A arte era usada para atestar a grandiosidade e a
importância do poder político e religioso do Faraó, era também muito
limitada, ou seja, padronizada, pois ela estava ligada à religião e servia de
veículo para a difusão dos preceitos e das crenças.
Murais com
escrita hierogríficas
Religião
A
religião influenciou toda a vida egípcia, o fundamento ideológico da arte egípcia é a glorificação dos deuses e do rei defunto divinizado, para os
quais se erguiam templos funerários grandiosos,
verdadeiras obras de arte.
O faraó era considerado um ser divino que
exercia completo domínio sobre seu povo, que ao partir deste mundo, voltava para
junto dos deuses dos quais viera. Os
egípcios acreditavam em deuses, e, também numa vida após a morte, concebiam que essa vida era mais
importante e, que depois de morto a alma voltaria para o corpo.
Deveria ser seguida uma hierarquia levando em consideração o peso da alma, ou seja, quanto mais
importante uma pessoa fosse, maior ela deveria ser pintada. O povo ou os servos
deveriam ser pintados como se estivessem reverenciando ou adorando o faraó. Eles
acreditavam que assim iriam melhorar sua imagem.
A decoração colorida era um poderoso elemento de
complementação das atitudes religiosas.
Mobiliário
As artes decorativas eram executadas
pelos artesãos e estavam presentes em todos os móveis da época, considerados
elegantes e confortáveis, eram móveis de cores vivas e de diversos
materiais, eram utilizados o ouro, pedras preciosas, madeira, pedra, marfim,
couro, tecidos e junco. A maioria construídos
com madeira, com incrustações de marfim, metal ou pintura
laqueada. Algumas peças ainda podem ser vistas nos museus da Europa e do
Cairo.
Os móveis que os historiadores têm conhecimento são:
camas, cadeiras, cadeiras de braço, bancos, mesa, mesa portátil, arca, armações
de leitos, divãs, dossel, vasos, apoio de cabeça, trono.
O estilo, a forma e o desenho se davam de várias formas,
pois variava nos períodos das dinastias; mais no geral os móveis eram baixos,
eram muitas vezes revestidas de ouro, as pernas de camas, cadeiras, bancos,
representavam algum animal, como por exemplo, patas de touro, patas de leão e
patas de gazela; eram muito usados móveis de assento ripas de madeiras de
assento côncavo ou de curva dupla e pés cruzados onde tinham forma de
pescoço e do bico de um pato.
Bancos :
possuíam assento côncavo e podiam ter três ou quatro pernas, com traves retas,
inclinadas ou pernas em formato de “X”, alguns ainda apresentavam um pequeno
encosto.
Trono
de Tutankhamon
Pintura
Haviam
diversas regras sobre como pintar no Antigo Egito. Seguia-se a chamada Lei da
frontalidade, onde um humano não deveria ser pintado com a cabeça, membros
inferiores e superiores virados para frente, mas olhos e o tronco poderiam. Os traços são estilizados e rígidos, as formas são
bidimensionais - ausência de volumetria -, e a cor é aplicada em manchas uniformes. Todas as
figuras eram mostradas do ângulo que podiam ser melhor identificadas.
Os
antigos egípcios criaram a pintura para fazer da vida pós-morte um lugar
agradável. Os temas incluíam a jornada para o outro mundo ou divindades
protetoras que apresentavam o morto para os deuses do pós-morte. Algumas
pinturas mostram as atividades que o morto gostava de fazer quando era vivo e
que, gostaria de continuar fazendo por toda a eternidade.
Curiosidade
As cores das
pinturas egípcias eram elaboradas da seguinte forma:
·
O preto era usado
para fazer a pintura a partir do Carvão de madeira ou Pirolusite - é um óxido
de manganésio do deserto do Sinai.
·
O Branco era usado
para fazer a pintura a partir do Cal Ou Gesso.
·
O Vermelho era
usado para fazer a pintura a partir do Ocre.
·
O Amarelo eles
usavam o Óxido de ferro hidratado - limonite.
·
O Verde era feito
através do malaquite de sinai.
·
O Azul era
elaborado a partir do Azurite - Carbonato de Cobre - ou Óxido de Cobalto.
Pintura parietal no túmulo deNefertari
Arquitetura
Os arquitetos no antigo Egito eram
considerados as pessoas que realizavam os grandes sonhos dos faraós. As primeiras
tumbas egípcias buscavam realizar uma reprodução fiel da residência de suas
principais autoridades. Porem, as pessoas sem grande projeção eram enterradas
em construções mais simples que, em certa medida, indicava o prestígio social
do indivíduo.
O processo de centralização política e a
divinização da figura do faraó tiveram grande importância para a construção das
primeiras pirâmides. Essas construções, que estabelecem um importante marco na
arquitetura egípcia, têm como as principais representantes as três pirâmides do
deserto de Gizé, construídas pelos faraós Quóps, Quéfren e Miquerinos. Próxima
a essas construções, também pode se destacar a existência da famosa esfinge do
faraó Quéfren.
Segundo
MILLARD (1975, p. 40) “Os egípcios não tinham guindastes nem roldanas. Todos os
seus monumentos foram erguidos com a ajuda de rampas de cascalho e areia. Os
grupos de homens arrastavam blocos de pedra pelas rampas acima. Por vezes,
colocavam-se rolos por baixo dos blocos para que se movessem mais facilmente.
Os blocos eram dispostos em uma camada de cada vez. As pirâmides de Gizé são as
maiores e as mais bem construídas de todas as pirâmides. Foram utilizados
enormes blocos de pedras em toda a parte. O revestimento exterior era feito de
blocos do mais fino calcário branco. Posteriormente, as pirâmides tornaram-se
mais pequenas e algumas delas tinham pequenos blocos de pedra e cascalho no
interior, enquanto outras apenas tinham tijolos de barro.
Para construir
um templo, os egípcios marcavam a planta no chão e depois colocavam as bases
das colunas e a primeira camada de blocos para as paredes. Os espaços entre os
blocos eram enchidos com areia, proporcionando uma superfície plana, sobre a
qual se colocava a nova camada de pedras. Utilizavam uma rampa sempre
crescente, ao longo da qual as pedras eram arrastadas. Depois de aplicada cada
camada, acrescentavam mais areia para alisar de novo a superfície. A areia era
então retirada e ao mesmo tempo, faziam-se as decorações.”
Templo de Ramsés II em Abu Simbel
Pirâmide de Djoser
As esfinges
egípcias também eram uma bela forma arquitetônica. Geralmente existiam inúmeras
esfinges que ficavam de ambos os lados das estradas que davam acesso aos
templos. As esfinges mais comuns eram estátuas com corpo de leão e cabeça
humana
Esfinge de Gizé (Giza)
Existiam ainda outras formas arquitetônicas no antigo Egito. Como entradas de templos que eram uma verdadeira obra de arte, ou salas que eram sustentadas por diversas colunas, conhecida popularmente como hipóstila. Que apesar de fazerem parte dos complexos dos templos eram de uma beleza ímpar.
Hipóstila – Em Karnak
Escultura
A representação de um faraó ou um nobre era o
substituto físico da morte, sua cópia em caso de decomposição do corpo
mumificado. Isso talvez pudesse justificar o exacerbado naturalismo alcançado
pelos escultores egípcios principalmente no Império Antigo. Com o passar do
tempo, a escultura acabou se estilizando. As estatuetas de barro eram peças
concebidas como partes complementares do conjunto de objetos no ritual
funerário. Já a estatuária monumental de templos e palácios surgiu a partir da
18ª dinastia, como parte da nova arquitetura imperial, de caráter representativo.
O ouro era utilizado para fazer
máscaras mortuárias que serviam de proteção para
o rosto da múmia.
Postado por Beatriz
Krüger e Jessica Storch
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